Diálogos 2015: um balanço positivo
Participantes confirmam em avaliação a qualidade e sucesso do evento.
Com o objetivo de melhorar a cada ano, a Dynamica Consultoria realiza entre os participantes do seminário Diálogos uma avaliação geral. Em questionários distribuídos nos 2 dias de evento, os participantes assinalam uma pontuação (que varia entre 01 e 05) para diversos itens. Desde a estrutura – forma de organização, logística, atendimento aos participantes etc. – os temas – conteúdo, forma de abordagem – até o tempo de duração, os palestrantes, entre outros. Os participantes também fazem sugestões para o aprimoramento do seminário, além de propor temas a serem abordados em edições seguintes (veja a cobertura do evento: 16 de setembro17 de setembro).
Destacamos a seguir alguns dos tópicos avaliados e depoimentos (para ver todos os depoimentos, acesse aqui).
Estrutura do evento
Na questão estruturação do evento, o resultado oscilou entre 4,3 a 4,85. Organização geral do evento e infraestrutura do local foram os itens mais pontuados.
“O segundo dia foi muito bom e rico. Todas as perguntas foram respondidas na minha visão sem qualquer desvio. É perceptível a orientação para se fazer tudo com carinho e cautela e que este é o fator crítico de sucesso, pois estamos lidando com pessoas. Agradeço o convite para participar”, afirmou Fernando Barbosa da Lojas Riachuelo.
Para Cristiane Genro Lamana, da Randon S.A., “foi muito boa a iniciativa de promover este fórum! Os modelos de oficina, painel, palestra, debate são muito interessantes.
Painéis Temáticos
Quanto aos 4 painéis realizados, dois por dia, a pontuação maior ficou em 4,56 para o 1o. painel do dia 17, cujo tema foi “A Jornada de Mudanças nas Empresas”. Neste painel, houve um mix de casos de sucesso que já haviam participado do 1o. seminário Diálogos (2013), e a palestra da Profa. Dra. Dagmar Silva Pinto de Castro, com uma visão acadêmica sobre mudanças. O 2o. painel ainda no dia 17 (“GMO nas Empresas”) ficou com 4,44 de média (para ver a programação completa, acesse aqui).
“Como sempre, a organização, condução e qualidade do seminário estão impecáveis. Os palestrantes e conteúdos das palestras são excelentes. Participo pelo 3º ano consecutivo com muita satisfação e a cada ano, trago mais reflexões e aprendizado na bagagem. Parabéns pela condução e qualidade do seminário”, afirmou Eliane Satie Turuta, da Porto Seguro.
O seminário e o mercado
A importância do Diálogos 2015 para as empresas e sua atuação no mercado teve avaliação destacada pelos participantes. “Muito Bom” e “Bom” pontuaram entre 70 e 88 %. O gráfico indica as variações de avaliação entre os dias 16 e 17.
Segundo William de Miranda Barreto da Eletrobras, “o congresso é excelente! Palestras de alto nível e com muitas contribuições para serem aplicadas no nosso dia a dia. Melhor congresso de que participo. Sugiro que a Dynamica utilize mais as redes sociais para unir este grupo e defender as práticas de GMO durante o ano”.
Novos temas para novos diálogos
Ao serem questionados sobre assuntos que gostariam de ver num próximo Seminário Diálogos, 25% dos participantes destacaram a sustentação da mudança; outros 20% liderança e mudanças; 18% cultura organizacional; 14% governança de GMO; 11% metodologia e comunicação empresarial.
“Condução e conteúdo do evento de altíssima qualidade com dinâmicas que nos faz refletir e trazer nosso dia a dia para um patamar mais “leve” e de fácil compreensão”, disse Claudia Fontana da Porto Seguro.
Para Laura Pedrosa Caldas, da CHESF-Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, é preciso “promover ações benchmarking em empresas e divulgar com os participantes. E também apresentar casos de dificuldade ou mesmo fracasso para crescer”.
Outras sugestões anotadas sobre os temas para um próximo evento: transformações que envolvam temas como Mindset, ROI (Retorno sobre investimento em GMO); Integração com a gestão de processos; atuação de GMO em Cultura e instrumentais como Storytelling e Gamification como apoio à GMO em projetos.
Acompanhe a cobertura completa do evento: 16 de setembro17 de setembro
Visite o site oficial do evento aqui.
3ª PNM-GMO: resultados divulgados durante Diálogos 2015
Conheça os dados da pesquisa sobre a maturidade da GMO entre as empresas. Leia aqui.
Dynamica Consultoria apresenta os resultados da 3a Pesquisa Nacional sobre GMO durante o Seminário Diálogos 2015
O apoio da liderança é importante para que a mudança seja sustentável, mas apenas 6,5% da liderança está comprometida com tais ações.
Este é o terceiro ano consecutivo que a Dynamica Consultoria realiza o Seminário Diálogos, um evento dedicado aos profissionais da Gestão de Mudanças Organizacionais (GMO). Foram dois dias de evento composto por quatro Painéis Temáticos e duas Oficinas para Mudanças (veja cobertura do evento aqui).
Durante o seminário, Lyrian Faria, sócia-diretora da Dynamica Consultoria, apresentou os resultados da 3a Pesquisa Nacional sobre a Maturidade da Gestão de Mudança Organizacional nas Empresas (3ªPNM-GMO). “A GMO continua com os mesmos fatores críticos. Sem liderança não há transformação sustentável”, afirmou Lyrian. Segundo ela, pouco mudou em relação aos anos anteriores e o apoio do líder quanto à GMO na maioria das empresas ainda é moderado. Os resultados apontam que apenas 6,5% da liderança está efetivamente comprometida com ações necessárias para promover a mudança cultural.
A pesquisa mostra a liderança, uma das cinco principais competências, ocupando o terceiro lugar na colocação com 19%; a iniciativa está em segundo lugar com 21%; e a visão de negócio em primeiro com 34%. Outro ponto importante é o papel do patrocinador nos processos de mudança. Embora seja considerado fundamental em ambientes de mudança, a pesquisa aponta que em 57% das empresas os processos de mudança não possuem um patrocinador.
A GMO ainda não faz parte de uma área específica dentro das organizações. A pesquisa mostra que em 22% das empresas a GMO é conduzida pelo setor de Tecnologia da Informação; em 25% das organizações se encontra na área de Recursos Humanos; em 16% faz parte do escritório de projetos ou processos; 12% das companhias ouvidas possuem a GMO no planejamento estratégico e 3% em outras áreas. Para Lyrian, a presença da prática de GMO em escritórios de projetos ou processos mostra que a tendência é a disseminação, cada vez mais, da GMO nas empresas.
“Quando se fala em método, percebemos que a escala da maturidade dos processos melhorou muito em relação aos outros anos. Por outro lado, quando se olha para a liderança, vemos uma movimentação não tão avançada”, comenta Lyrian. “Vemos que melhorou o discurso sobre a mudança, mas ainda precisa evoluir muito nas ações, para que estas sustentem as mudanças”, finaliza Lyrian.
Sobre a pesquisa
A coleta de dados foi concluída em julho de 2015 e a amostra consolida informações vindas de 70 empresas participantes. Destas, 80% são grandes empresas (consideradas aquelas com mais de 500 colaboradores em seu quadro); 18% são empresas de porte médio (de 50 a 500 colaboradores); e 2% são pequenas empresas (consideradas aquelas com menos de 50 colaboradores em seu quadro). Entre as empresas participantes da pesquisa estão: Anglo American, Arcelor Mittal, BNDES, Bunge, Cenibra, Eletrobras, Embraer, Fuga Couros, Gerdau, Localiza, Mary Kay, Pernambucanas, Randon, Serasa Experian, Syngenta, Terex, Toke e Crie, Yasuda & Marítima Seguros, entre outras.
Um livreto contendo todos os dados da pesquisa foi distribuído entre os participantes do seminário. A Dynamica Consultoria está preparando uma versão eletrônica, ampliada com capítulo contendo comparativo entre os dados das 3 edições da pesquisa, 2012, 2014 e 2015. Os respondentes da 3ª pesquisa serão os primeiros a receber esta versão, que em breve estará disponível para download no site da consultoria.
Conte com a equipe Dynamica para quaisquer esclarecimentos pelo telefone (11) 2532-8889 ou escreva:
pesquisagmo@dynamicaconsultoria.com.br
Dynamica Consultoria realiza o seminário Diálogos 2015
A 3ª edição do principal seminário sobre Gestão de Mudanças Organizacionais acontece com sucesso em São Paulo. Durante 2 dias a Dynamica reuniu executivos e especialistas de empresas de diversos setores para discutir as questões mais relevantes sobre GMO. Nos links a seguir, todos os detalhes sobre o evento. Confira.
Acompanhe a cobertura dos 2 dias: 16 de setembro 17 de setembro
Cartuns oferecem visão dos temas de GMO sob novos ângulos. Veja aqui.
Veja as anotações dos participantes na Árvore das Lições Aprendidas. Leia aqui.
Acompanhe as entrevistas com os palestrantes do seminário. Acesse aqui.
Avaliação de participantes confirma sucesso do evento. Saiba mais.
Acesse a página de vídeos e assista aos depoimentos dos palestrantes. Veja aqui.
Conheça as principais questões levantadas aos palestrantes durante o seminário. Leia aqui.
Mudanças com humor
Através de desenhos de humor, o cartunista Sizenando adicionou outro olhar sobre os temas debatidos durante o seminário Diálogos 2015.
Entre os eventos do mercado, o seminário Diálogos se destaca por tratar os temas de GMO por ângulos e formas diferenciadas. Assim, desde a primeira edição, inclui a experiência iniciada nos cursos ministrados pela Dynamica Consultoria: a utilização do cartum, do desenho de humor, como um instrumento a mais a estimular a reflexão e o aprendizado em torno da gestão de mudanças.
Sizenando, que atua na área de comunicação da consultoria, cria os desenhos a partir das discussões em curso – estimulado com as apresentações dos palestrantes e com os questionamentos dos participantes em plenária. Os desenhos são imediatamente expostos, compondo um registro que reflete e documenta as ideias em ebulição durante o seminário.“É bom observar e sentir as reações aos desenhos, logo em seguida à execução e exibição. Sinto-me participante do evento e acredito, pelo que converso com os participantes, que contribui com uma nova visão sobre os assuntos em destaque nas discussões”, analisa Sizenando.
Recentemente publicou artigo analisando as possibilidades do desenho de humor como estimulador para a reflexão em torno dos temas do mundo corporativo. Leia o artigo acessando aqui.
Sizenando também é responsável pela seção Dynamica do Riso do site da Dynamica Consultoria. Conheça a seção aqui.
Durante o Diálogos 2015, além dos desenhos criados agora, ficaram em exposição os cartuns criados nas edições de 2013 e 2014.
2013 2014 2015
Visite o hotsite do evento e conheça outros cartuns produzidos durante as 3 edições do seminário. Acesse aqui.
Acompanhe a cobertura dos 2 dias do seminário Diálogos 2015:
16 de setembro17 de setembro
Diálogos 2015 atinge seus objetivos com sucesso
Seminário da Dynamica Consultoria contribui para aproximar mercado e universidade.
Cobertura: Lygia Maciel Fotos: Airton Lopes
O painel “A jornada de mudanças nas empresas: desafio do profissional de mudanças na construção de uma cultura transformadora”, do segundo dia do Seminário Diálogos 2015 foi aberto por Lyrian Faria, sócia-diretora da Dynamica Consultoria, que fez breve retrospectiva do dia anterior. Lyrian também explicou a importância da participação das pessoas nas duas Oficinas para Mudanças – Lego Play e Meditação – que aconteceram, simultaneamente, nos dois dias de evento. Todos os presentes, palestrantes e profissionais inscritos no evento, participaram das duas oficinas. Veja detalhes da programação aqui.
A Pesquisa Nacional sobre a Maturidade da Gestão de Mudança nas Organizações ainda foi foco na abertura do evento. “Percebemos que houve poucas mudanças no trato da GMO pelas empresas”, comentou Lyrian, que estabeleceu comparação entre os dados colhidos em 2012 e 2013, comparando com a pesquisa de 2015. Os participantes do Diálogos 2015 receberam a publicação com os dados da 3ª edição da pesquisa – brevemente será divulgada através do site da consultoria a versão eletrônica da pesquisa com os quadros comparativos com as edições anteriores (leia matéria especial sobre a pesquisa aqui).
Conduzindo mudanças com múltiplos olhares
Este ano, o Seminário Diálogos aproximou o meio acadêmico do mundo corporativo. Saber um pouco mais sobre estudos organizacionais e entender os detalhes que especialistas têm pesquisado é um conhecimento a mais proporcionado aos participantes do evento. A convidada para esta palestra especial, dentro do 3º Painel Temático, foi a Profa. Dra. Dagmar Silva Pinto de Castro (foto), que abordou os múltiplos olhares que devem ser desenvolvidos para manter o equilíbrio entre as técnicas, o processo de planejamento e o envolvimento das pessoas para a sustentação das mudanças.
Para a universidade “existem dois principais desafios que o gestor da mudança deve saber enfrentar: a complexa tarefa de promover a mudança e o paradoxo da ancoragem nas estruturas conhecidas em um mundo mutante. O mundo está em mudança constante e as pessoas e empresas devem seguir tais mudanças”, segundo Dagmar.
A professora citou que o Brasil ocupa o 15o lugar em publicação de pesquisas no mundo, de acordo com o mapa Scopus. “Não há estatística oficial, mas pesquisadores estimam que dois terços dos projetos de mudança falham. Essa informação corrobora a pesquisa realizada pela Dynamica”, comentou a professora. Segundo ela, as organizações localizam as falhas na execução e não na própria iniciativa de mudança. E para que a academia possa contribuir na construção de métodos que auxiliem os profissionais da mudança no dia a dia corporativo, a professora incentivou a continuidade de seus estudos, através de mestrado e doutorado profissionais.
Troca de experiências: onde estamos na jornada?
O Painel “A jornada de mudanças nas empresas: desafio do profissional de mudanças na construção de uma cultura transformadora”, apresentado por Fátima Caselli, da Dynamica Consultoria, contou com a participação de três importantes casos de sucesso. O objetivo era trazer a experiência dos dois últimos anos de trabalho com GMO, desde 2013, quando estiveram presentes no primeiro Seminário Diálogos.
O primeiro case foi apresentado por Eliane Satie, responsável pela área de GMO na seguradora Porto Seguro. Segundo ela, a Gestão de Mudanças não é uma área dentro da empresa, mas sim uma célula que atua em projetos corporativos da companhia. Esta célula foi criada em 2010 pela diretoria de Recursos Humanos, auxiliando dois grandes projetos para que não houvesse um grande impacto com a mudança.
“Em 2011 desenvolvemos uma metodologia própria de gestão de mudanças com a Dynamica Consultoria”, contou Eliane. Para disseminar a metodologia foram realizados seis workshops entre 2012 e 2013.
Em 2014 a equipe criou um Fórum quinzenal para que todos participem compartilhando informações e experiências e mantenham uma forma de aprendizado. Hoje, são seis projetos e sete pessoas atuando como especialistas em GMO. Entre as lições aprendidas, Eliane destacou que “não existe a área correta em que GMO deva estar (existe a área que acredita e patrocina) e a metodologia deve direcionar, nunca engessar (ela é viva e precisa ser atualizada)”.
“Se chorei ou se sorri, o importante é que GMO eu aprendi”. Assim iniciou William Miranda, da Eletrobras, a apresentação do case de GMO da holding de energia. Primeiramente, Miranda pontuou tudo o que o fez “chorar”: considerar que os stakeholders de um projeto conhecem o que é gestão de mudanças; elevar exageradamente a relevância do trabalho de GMO (centralizando qualquer atividade na área, sem definir o escopo de atuação de GMO) e atuar como se fosse o protagonista das ações de GMO. “É preciso transferir a responsabilidade para o gerente de projetos, as pessoas envolvidas; quanto menos aparecer, melhor”, afirma Barreto. Depois, tudo o que foi de acerto e o fez sorrir: ações de comunicação mais direcionadas e que foram mais efetivas; atuar como coach do gerente de projetos (andar junto em razão das dificuldades); registrar resultados obtidos em e-books, relatórios, apresentações e conversas (publicidade).
Para fechar as apresentações da manhã, Marcia Baggio abordou a jornada da gestão de mudanças na Syngenta. Marcia entrou na Syngenta em 2013 e iniciou suporte de GMO para algumas iniciativas locais. Em 2014, foi chamada para atender dois projetos globais e para isso desenvolveu ferramentas de GMO.
Este ano, adotaram nova metodologia de GMO e com isso um novo fôlego para desenvolver iniciativas estratégicas com avaliação de GMO e um programa estratégico global e América Latina, com continuidade prevista para os próximos dois anos. Para Marcia Baggio, “a filosofia de GMO deve estar presente na cultura da empresa”.
Meditação para mudanças
A segunda oficina proposta pela Dynamica Consultoria para o 3o Seminário Diálogos foi diferente de tudo, afinal de contas, o objetivo era aquietar a mente e se desligar de tudo para visitar um belo jardim florido, cheio de pássaros e lagos com peixes. Ao caminhar por uma trilha e se deparar com uma clareira, o céu azul sem nuvem dava espaço a um imenso sol dourado e que vinha aquecer o chacra cardíaco e produzir uma imensa calma no indivíduo. Foram 10 minutos de muita calma e concentração na meditação conduzida pelo pessoal da Escola de Sabedoria Universal da Síntese (Editora Portal). Após esses dez minutos, todos os participantes foram convidados a contar sobre suas experiências. O feedback foi muito positivo: todos gostaram tanto da experiência que pediram bis. Mais informações sobre as oficinas na cobertura do dia 16.
Troca de experiências para lidar com a condução de mudanças
No segundo painel “Cases de Negócios – GMO nas empresas: estratégias, lideranças e engajamento de equipes para gerar valor aos negócios”, gestores da mudança de quatro empresas foram convidados para apresentar e debater sobre como eles lidam com a condução de mudanças em suas estruturas.
Por problemas de saúde, Angueliky Mandaloufas (Kika), diretora executiva da empresa Toke e Crie, não pode comparecer e apresentar seu case de GMO (saiba mais sobre a executiva). Assim, Lyrian Faria fez um breve resumo das atividades da empresa. Em 2014, a Toke e Crie levou a GMO para o seu dia a dia ao iniciar parceria com a Dynamica Consultoria. Foi criada uma liderança para engajar a equipe, estabelecendo o entendimento de como as mudanças acontecem nas empresas e como o ser humano lida com as transformações no geral.
Renan Silva, da Serasa Experian, apresentou o primeiro caso. Contou ele que em 2012 receberam o prêmio de escritório de projetos da revista Mundo PM. “Item importante e que não tínhamos até 2012 era um repositório de lições aprendidas”, comentou. Não havia um fácil acesso para todos os colaboradores e na hora de catalogar as informações dentro do sistema, eram obrigados a fazer análise de lições aprendidas. Foi então que descobriram que estavam indo bem em execução de projetos, entretanto os projetos não tinham foco.
“Outro ponto interessante foi ter conhecido a Dynamica Consultoria. Algo que chamou muito minha atenção foi o método de trabalho da Dynamica”, destaca o executivo. Em 2013 a Serasa Experian iniciou a parceria com a consultoria para sensibilizar a alta gestão para implementar a GMO na empresa. “A Dynamica capacitou as pessoas para criar e apresentar os planos de mudanças aos diretores. Foram ensinados processos e realizados workshops com os líderes. A principal lição que até hoje me marcou foi a dificuldade de ter a prontidão da mudança (estamos prontos para começar)”, finaliza Silva.
Paulo Vassalo, diretor de Governança de TI na Leroy Merlin, iniciou sua palestra contando um pouco da história da empresa. A Leroy introduziu a GMO em 2012, implementando o sistema de ERP da SAP. Segundo Vassalo, na época, “o projeto de GMO não deu muito certo pois o profissional da Leroy Merlin deslocado para a GMO estava muito operacional”.
Em 2013, houve uma mudança de consultoria e então contrataram a Dynamica. “Percebemos que um único colaborador dedicado à GMO não seria o suficiente”, explicou Vassalo. Criaram então um framework para a empresa e em 2014 conquistaram a credibilidade em GMO, com o projeto SAP para o Centro de Distribuições. Em 2015, deu-se início ao trabalho de formatação da GMO na Governança de TI e a definição de como a GMO TI deveria se relacionar com a GMO Corporativa. “É uma estrutura maior do que uma simples metodologia”, comentou Vassalo. Após a definição das metas corporativas, houve o alinhamento entre GMO TI e GMO Corporativo para definição de papéis e responsabilidades. Foi criada uma rede de reuniões para garantir a governança dos temas e o alinhamento de todas as dimensões de execução.
Para Vassalo, “esta estrutura integrada possibilita três ganhos: manteve o custo; resolveu o problema de gargalo com a GMO e melhorou o controle e a qualidade de materiais.
O último case foi da empresa Iguatemi, apresentado por Ariane Bacin. Ela abordou o surgimento da necessidade de Gestão da Mudança e o desafio de estruturar uma área para absorver esta demanda.
Em 2013 a área de Recursos Humanos criou o setor de Gestão da Mudança. Quando Ariane iniciou seus trabalhos na Iguatemi, percebeu que precisava parar e refletir para mostrar para as pessoas o valor da GMO. Os desafios: mudar o mindset com foco nos processos para otimizar os resultados e garantir que a mudança fosse sustentável.
“Então criamos o nosso Jeito Iguatemi de Gestão de Mudança. Passamos a fazer assessments, plano de comunicação, plano de stakeholders, sensibilização de lideranças e tratamento de desvios”, explicou Ariane. Segundo ela, “o CEO “comprou” a importância de haver GMO na empresa, após ver resultados obtidos no piloto de 2014”, destacou Ariane. Para a implantação da estrutura de GMO, foram realizados workshops com equipe da Serasa para trocar experiências e trazer melhores práticas para dentro da empresa. No primeiro ano foi testado o modelo com um projeto de menor porte. Em seguida desenvolveram um projeto maior com o modelo GMO (Projeto eSocial). Hoje, o desafio é estruturar o Escritório de Gestão da Mudança (saiba mais sobre os palestrantes aqui).
Encerrando o Painel, os quatro apresentadores atenderam às perguntas realizadas pelos participantes do evento. Todas as perguntas e respostas dos quatro Painéis Temáticos você poderá acompanhar em matéria a ser publicada em breve.
Antes do café de encerramento e confraternização entre os participantes, Lyrian Faria realizou diversos sorteios, onde os premiados ganharam livros doados por Marco Antonio Oliveira e pela Professora Dra. Dagmar e também cursos que a Dynamica Consultoria realizará nos próximos meses. Parabéns a todos!
Lições aprendidas
Estimulados pelas atividades durante dois dias de evento, os participantes anotaram frases em post-its, suas “lições aprendidas. Êles foram colados em banners disponibilizados em espaços distintos na área do evento, as Árvores das Lições Aprendidas. Os participantes puderam, assim, compartilhar ideias, emoções, experiências. Seguem algumas dessas lições aprendidas:
– Refutar é diferente de resistir
– A palestra da manhã e a oficina trouxeram ideias para trabalhar a “resistência” de gestores da mudança
– Caminhos precisam ser compartilhados
– A serenidade traz possibilidade de novas soluções
– Um gestor de mudança deve buscar conhecimento que complementa a competência de gerir mudanças
Conheça todas as “lições aprendidas” na página especial do hotsite do seminário. Acesse aqui.
Novos passos para o futuro
O seminário Diálogos, um modelo inédito de evento, foi criado em 2013 a partir de uma ideia que os dirigentes da Dynamica Consultoria tiveram ao perceber certas necessidades em meio a projetos, workshops e outras atividades que desenvolviam. Realizado uma vez por ano, este seminário se tornou um espaço diferenciado para o estreitamento de relações, ampliação de aprendizado, troca de experiências e fonte de aperfeiçoamento para profissionais, especialistas e estudantes ligados à Gestão da Mudança Organizacional.
A Dynamica Consultoria agradece a todos os participantes do evento pela confiança, fazendo deste um momento único e privilegiado pela qualidade da contribuição que trouxeram.
Agora a consultoria retoma seu caminho – renovada com a experiência oferecida pelo Diálogos 2015 e pronta para refletir sobre quais os melhores passos a traçar – continuando a criar alternativas para a discussão dos temas de GMO.
Quem trilha novos caminhos deve refazer-se durante a jornada.
Acesse a cobertura do dia 16 aqui.
Visite o site oficial do evento aqui.
Dynamica abre a 3ª edição do seminário Diálogos
Seminário Diálogos 2015 reúne mais de 50 profissionais de Gestão de Mudanças Organizacionais.
Cobertura: Lygia Maciel Fotos: Airton Lopes
“Quem trilha novos caminhos deve refazer-se durante a jornada”, este é o tema do Seminário Diálogos 2015 – Conduzindo Mudanças Organizacionais, que está acontecendo em São Paulo, nos dias 16 e 17 de setembro. Mais de 50 pessoas estiveram presentes no primeiro dia de evento, participando das palestras, dos paineis e também das oficinas. Saiba mais detalhes sobre a programação aqui.
3ª PNM-GMO: dados para a condução de mudanças
Na abertura, Lyrian Faria (foto), sócia-diretora da Dynamica Consultoria, divulgou informações inéditas da 3a Pesquisa Nacional sobre a Maturidade da Gestão de Mudanças Organizacionais. “Este estudo é importante porque reflete o olhar das pessoas envolvidas com a mudança nas organizações. Nesta edição da pesquisa percebemos que a mudança é conduzida pelo pessoal em cargo tático e estratégico. Também vemos que as empresas de médio porte estão avançando no uso da GMO”, declarou Lyrian.
Ainda sobre os dados levantados pela pesquisa, Lyrian comentou que os fatores críticos abordados continuam os mesmos dos anos anteriores, tais como liderança comprometida e comunicação eficaz. “Sem liderança não há transformação sustentável”, lembrou Lyrian (leia matéria especial sobre a pesquisa aqui).
O Processo de transformação: mudanças externas gerando mudanças internas
Em sua palestra, Marco A. Oliveira (foto), antropólogo especialista em educação corporativa, trouxe uma visão abrangente sobre a mudança ao apontar que a transformação interna ocorre quando há uma mudança externa. Segundo ele, “ocorrem fatos e os fatos geram em nós a necessidade de agir e produzir fatos”. As empresas que conseguem seguir a mudança do contexto externo (fatos que ocorrem na sociedade) e se reinventar trilham um caminho de sucesso. Com base nisso, deu exemplos de empresas com a Ultragaz, que teve início com a comercialização de botijões de gás quando foram suspensas as viagens de transporte de passageiros que o dirigível alemão Graff Zeppelin fazia da Europa para a América do Sul. Na ocasião, Ernesto Igel viu como oportunidade comercializar o gás propano, utilizado como combustível, que estava armazenado no Rio de Janeiro e em Recife.
“Quem não conseguir se adaptar para seguir o contexto externo, perde o foco”, comentou. Se uma empresa produz um fato novo, ela obriga seus departamentos a produzir um reequilíbrio (adaptação). Para Marco Antonio, isso requer duas atitudes: detectar o fato externo em tempo hábil e agir apropriadamente em relação ao fato externo.
A saúde está em suas mãos
“Stress é a base do burn out”, explica Ana Maria Rossi (foto), diretora da clínica de stress e biofeedback, em Porto Alegre, e presidente da ISMA (International Stress Management Association) no Brasil. Segundo ela, stress é a maneira como cada pessoa percebe a realidade. Recente pesquisa da ISMA-BR aponta que, no Brasil, 70% das pessoas que trabalham estão sob algum tipo de stress e 30% têm burn out.
É importante saber que o stress não é doença, mas um sinal de que algo precisa mudar. Quando sob stress, uma pessoa pode atingir o burn out. Três importantes sinais de burn out são: exaustão, ceticismo e ineficácia. Na União Europeia, o stress é avaliado em 20 bilhões de euros. Nos Estados Unidos, avaliado em 300 bilhões de dólares. No Brasil, é avaliado em 3.5% do PIB anual. Realmente, as consequências do stress são extremamente sérias e as organizações precisam estar atentas a isso (saiba mais sobre os palestrantes aqui).
Oficina para Mudanças
A ferramenta Lego Serious Play, desenvolvida pela Lego, foi a base de uma das Oficinas para Mudanças deste ano e aplicada pela equipe da consultoria Play in Company. Sala cheia e uma série de “líderes da mudança” brincaram com as mini-peças de lego a fim de identificar aspectos que devem ser considerados importantes numa situação de mudança.
Oficina Lego
Inicialmente os participantes trabalharam sozinhos na montagem das peças. Depois de cada um explicar sua situação, aconteceu a dinâmica em grupo, onde os profissionais montaram um modelo compartilhado do que deveria ser um processo de Gestão de Mudança Organizacional de sucesso. “Gostei bastante pelo fato de ser apresentado um recurso de maneira lúdica. Conseguimos atingir nosso objetivo em um tempo menor do que conseguiríamos normalmente numa situação diária de trabalho. Muito bom trazer o conceito lúdico para o ambiente corporativo”, afirmou Vinicius Agnelli, analista de processos da Multiplus Fidelidade. Saiba mais sobre a 2ª Oficina para Mudanças na cobertura do 2º dia do seminário aqui.
Mudanças com humor
Assim como nos outros anos do Seminário Diálogos, Sizenando, responsável pela área de comunicação da Dynamica Consultoria, desenhou durante as apresentações dos painéis e os debates. O objetivo era apresentar o assunto discutido sob a perspectiva do humor. Saiba mais sobre o trabalho deste artista, acessando a nota sobre os cartuns produzidos durante o evento e conheça os desenhos expostos. Acesse aqui.
Ferramentas que apoiam a Gestão de Mudanças Organizacionais
Lilian Ramos, sócia-diretora da Dynamica Consultoria, foi a mediadora do painel da tarde – “Convergência das Técnicas: o que nos une na busca das transformações necessárias”. O painel congregou Action Learning, Processos, Coaching, Gestão de Projetos e Design Thinking como técnicas que auxiliam os gestores da mudança.
Antes de passar a palavra aos palestrantes, Lilian Ramos apresenta as linhas principais do método da Dynamica Consultoria para lidar com a Gestão de Mudanças Organizacionais. “Aqui, convergência de técnicas é para a convergência de conhecimentos”, aponta Lilian. Ela sintetizou os pilares do método, destacando itens como comunicação, cadeia de patrocinadores, papel da liderança, prontidão para o processo de mudanças e atenção aos impactos organizacionais. Segundo ela, “toda mudança tem que ter uma estratégia clara de onde vai chegar e a gestão das pessoas acompanha seu crescimento dentro das equipes na empresa, sempre envolvendo a liderança”.
Da esquerda: Lilian Ramos, Helena Miyahara e Veridiana Rotondaro
“Você sabe o que é Action Learning”, perguntou Helena Mihoko Miyahara, da Wial. “É muito simples, porém não é simplório. É uma metodologia usada para a resolução de problemas complexos e aprendizagem. É compartilhamento de conhecimento”, explica Helena.
O Action Learning é uma ferramenta que deve ser utilizada levantando questões e reflexões com um grupo de pessoas. As etapas de uma reunião de Action Learning englobam a apresentação de um problema, a exploração e o entendimento do problema, uma busca pelo consenso e pela solução. No final, a reflexão da aprendizagem.
Veridiana Rotondaro, especialista em processos, tratou da aplicação de Gestão da Mudança em gestão de processos. “Estou disposta a mudar desde que não mexa em minha área”, ironizou Veridiana ao dar exemplo de como é difícil trazer a mudança para algumas organizações ou setores. Segundo ela, não se muda processos pela estratégia, “mas sim pela dor. O que tem que mudar é a maneira como a alta administração gere a empresa”, afirma. A gestão de processos trabalha com avaliação contínua, análise e melhoria de desempenho de processos que exercem impactos sobre clientes e acionistas. Por isso a importância de entender a necessidade da mudança e saber como aplicá-la.
Para a especialista em Design Thinking, Denise Eler (foto), a forma de resolver problemas com esta ferramenta é um pouco diferente da maioria. “Design Thinking é poderoso demais para ficar restrito ao design”, disse Denise. Ela contou um pouco da história do Design Thinking, Denise afirmando que a crise na Europa ajudou a alavancar este tema com o objetivo de buscar novos modelos mentais de inovação.
O desafio no Design Thinking é pensar diferente e trazer um diferencial competitivo. É juntar experiências de diferentes empresas e de mercados distintos. É sair de uma visão imediatista para entender os problemas.
Quanto à gestão de projetos, o especialista Fabiano Saninno (foto) participou do painel e trouxe a importância de se aplicar Gestão de Mudança. “Todos premiam o gerente pela implementação do projeto e não com o resultado do projeto. O ponto mais crítico é a mudança organizacional, com pedidos para que o sponsor do projeto tenha mais envolvimento”, explica Saninno.
Segundo ele, o gestor do projeto precisa alinhar e tratar o projeto como um todo, avaliando a situação inicial e desenhando como será a transição. Precisa entender a mudança que vai ocorrer. “É importante balancear os esforços que mudarão a organização e as pessoas, dando muita importância aos assuntos relacionados aos colaboradores que estão no foco da alta gestão. Precisa fazer um alinhamento das fases do projeto com etapas e ações de gestão de mudanças”, comenta o especialista.
Por último, foi apresentada a ferramenta de Coaching por Andressa Miiashiro (foto), especialista em formação de líderes. De acordo com ela, há um condicionamento nas instituições de não se incomodar com o comportamental dos colaboradores. “O processo de Coaching de um líder tem um objetivo específico. É um processo para diagnosticar a demanda. Tem começo, meio e fim. Quem busca o processo de Coaching é porque deseja ir além”, comenta Andressa.
Independente da demanda, o processo de Coaching complementa o profissional, pois estimula o coachee (pessoa em processo de Coaching) na busca por respostas ao focar no processo de aprendizado.
Após realizarem apresentação sobre cada uma das ferramentas, os palestrantes circularam pelo salão conversando com os participantes em grupos, para levantar questões e solucionar dúvidas. “Essa interação é muito importante. Percebo que as pessoas estão abertas ao tema e não se sentiram ilhadas. É isso que queremos, a troca de conhecimento e lições aprendidas”, comenta Lyrian Faria sobre o evento.
O segundo e último dia do evento será tão interessante quanto o primeiro, abordando cases inéditos de aplicação de GMO e cases que já foram apresentados há dois anos, na 1ª edição do seminário, e que agora terão seu processo de aplicação reavaliados – mostrando a busca por mudanças que tenham sustentabilidade.
Acesse a cobertura do dia 17 aqui.
Conheça todos os palestrantes aqui.
Visite o site oficial do evento aqui.
Diálogos 2015: entrevistas
Entrevista com Dagmar Silva Pinto de Castro.
Dagmar Silva Pinto de Castro é diretora da AddUp Educação Corporativa e professora do programa de pós-graduação em Administração da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba (veja biografia aqui). No seminário Diálogos 2015 estará no Painel jornada de mudanças: desafio do professional de mudanças construindo uma cultura transformadora (veja detalhes da programação aqui).
Fale um pouco sobre sua apresentação no Seminário Diálogos 2015.
Abrirei o painel “Jornada de Mudanças: desafio do profissional de mudanças construindo uma cultura transformadora”. Darei foco aos múltiplos olhares que envolvem a desafiante tarefa de promover mudanças. Não há como separar o processo da gestão de mudanças das pessoas que a operacionalizam. Mais do que uma técnica exímia, precisamos compreender que há um ser humano – em sua complexidade – inserido num mundo em transformação. O paradoxo que temos diante de nós se refere ao movimento humano que busca sua ancoragem nas estruturas conhecidas (zona de conforto) em um mundo mutante. A vida mudou não só pela pressão do mercado. Nas palavras de Jorge Forbes “estamos usando remédios da modernidade em um mundo pós-moderno”. Por isso, a exigência de múltiplos olhares sobre o fenômeno “mudanças organizacionais”. Não estaremos lidando com o impacto das mudanças e seus sintomas com remédios obsoletos?
Como os alunos levam a questão da Gestão de Mudança Organizacional dentro da sala de aula?
Os alunos trazem suas dificuldades na implantação de mudanças em suas organizações, os enfrentamentos quando não há apoio do staff e o incomodo gerado por situações de impotência. Alguns se dedicam a estudar de forma sistematizada o que pode gerar o curto-circuito entre o discurso (da mudança organizacional) e as práticas cotidianas. Outra questão se refere à complexidade do tema e o tempo que se leva entre a elaboração do projeto de pesquisa e a finalização do estudo. Nem sempre o mercado está disposto a acolher esse prazo. A necessidade de aprofundamento teórico-metodológico não é algo instantâneo. Demanda tempo e compromisso das organizações e da academia numa exigente aproximação. A pergunta a ser feita é como aproximar os estudos desenvolvidos na academia com a vida concreta dos líderes de gestão de mudanças?
O que a academia tem estudado sobre métodos para conduzir mudanças?
Antes de se falar em método, é fundamental a delimitação conceitual. O que se entende por mudança organizacional? A falta de definições conceituais claras no plano teórico prejudica a análise dos casos empíricos. A precisão conceitual conduz à operacionalização adequada das pesquisas. Isso leva ao acúmulo do conhecimento e ao avanço da ciência. Vejo aí um impasse que ocorre especialmente no Brasil: certo distanciamento entre a academia e as organizações. Quem está na lida diária dos processos de gestão de mudanças raramente tem tempo, estímulo e financiamento para dedicar-se a um mestrado ou doutorado. Não porque não possuam perfil. Mas, em virtude da ocupação exigente do cotidiano profissional. Por outro lado, não é tão simples o acesso para realização de pesquisas nas organizações. Por ocasião do evento, apresentarei um mapa do conhecimento onde destacarei os estudos realizados, metodologias e tendências.
Leia as entrevistas de outros palestrantes presentes no seminário Diálogos 2015:
Andressa Miiashiro Veridiana Rotondaro Pereira Marco Antonio Oliveira
Renan Silva Eliane Satie Ana Maria Rossi
Acompanhe também as entrevistas dos palestrantes na edição de 2014 do seminário:
Lyrian Faria Cláudia Servulo Herlon Goelzer de Almeida Aron Zylberman
Fernando Barros de Sá Gilvan Righetti Prof.Dr.Luiz A.Stevanato Catarina Silveira
16 e 17 de setembro
Club Transatlântico – São Paulo – SP
Saiba tudo sobre o seminário e inscreva-se aqui.
Diálogos 2015: entrevistas
Entrevista com Ana Maria Rossi.
Ana Maria Rossi é diretora da clínica de Stress e Biofeedback em Porto Alegre (veja biografia aqui). No seminário Diálogos 2015 estará no Painel GMO e visão de contexto: o mercado, as organizações e as mudanças organizacionais (veja detalhes da programação aqui).
Acompanhe sua entrevista e entenda um pouco mais sobre o stress, que atinge 70% da população economicamente ativa no Brasil.
Conte-nos sobre sua participação no Seminário Diálogos 2015. Sobre o tema stress, quais os principais pontos que serão destacados?
O nome de minha palestra é “Burn out um golpe na saúde”. Vou falar sobre o stress, pois não consideramos o stress uma coisa ruim. É uma adaptação requerida à pessoa. Não é uma doença, mas um gatilho para a doença. Quando o nível de stress fica muito alto, chamamos de burn out e é neste momento que se caracteriza uma doença. Vou falar sobre o stress, o nível exacerbado que se torna doença e as abordagens, as características de um ambiente de trabalho saudável e um stressado (no caso negativo).
As pessoas que estão envolvidas numa mudança organizacional passam por stress. A qual tipo de stress estão submetidas e como evitar isso?
Em primeiro lugar é importante identificar as pressões e demandas que essas pessoas têm. Existe demanda profissional e não profissional. A capacidade de reconhecer as características de um ambiente de trabalho que não é saudável. Um exemplo é quando não há reconhecimento pelo desempenho do profissional. A preocupação com a qualidade do ambiente de trabalho também é significativo. Quando a pessoa é muito cobrada e não tem escolha de tarefas, o caso de não ter voz ativa e não ter autonomia para participar das decisões. Falta de prioridade para as questões de saúde e qualidade de vida.
O que causa o stress ?
De acordo com as pesquisas da ISMA, a maior fonte de stress é o profissional, que afeta 70% das pessoas economicamente ativas no Brasil. Mas o stress profissional não é a única fonte de stress. Temos demandas profissionais e não profissionais. Mesmo não causando o burn out, o custo do stress nas empresas é bastante significativo. Na União Europeia, o stress é avaliado em 20 bilhões de euros. Nos Estados Unidos, avaliado em 300 bilhões de dólares. No Brasil, e avaliado em 3.5% do PIB anual. Realmente, as consequências do stress são extremamente altas.
Para finalizar, fale um pouco sobre você.
Tenho mestrado em comunicação de massa e em psicologia clínica e doutorado em psicologia clinica com especialização no gerenciamento de stress. Dirijo a clínica de Stress e Biofeedback em Porto Alegre (RS) e trabalho com pessoas que sofrem sequelas de stress. Sou presidente da ISMA-BR, onde coordeno as pesquisas no Brasil. Somos 12 filiais no mundo. A ISMA oferece capacitação para empresas que estão implementando qualidade de vida. Sou co-presidente na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria. Procuro ter um estilo de vida muito saudável. Sou muito preocupada com minha alimentação, não só o que como, mas quando eu como. Faço bastante atividade física. A questão do networking é bem importante porque sabemos que pessoas que têm networking ativo lidam melhor com stress. Todos os domingos às 10h30 dou aula de yoga grátis num Parque em Porto Alegre. Isso para mim é muito bacana porque pessoas que não têm recursos para me ver na semana no consultório podem me acessar e isso é uma grande fonte de energia para mim.
Leia as entrevistas de outros palestrantes presentes no seminário Diálogos 2015:
Andressa Miiashiro Veridiana Rotondaro Pereira Marco Antonio Oliveira
Renan Silva Eliane Satie
Acompanhe também as entrevistas dos palestrantes na edição de 2014 do seminário:
Lyrian Faria Cláudia Servulo Herlon Goelzer de Almeida Aron Zylberman
Fernando Barros de Sá Gilvan Righetti Prof.Dr.Luiz A.Stevanato Catarina Silveira
16 e 17 de setembro
Club Transatlântico – São Paulo – SP
Saiba tudo sobre o seminário e inscreva-se aqui.